sexta-feira, 8 de setembro de 2023

CHAMADO PARA SERVIR NO DISCIPULADO

 

Pr. Jossy Soares (*)

 

            O chamado do Senhor é para sermos Discípulos e fazer discípulos. Atender esse chamado envolve tudo que temos e tudo que somos (Mateus 28,19). Não devemos separar nossa vida espiritual da vida secular. Nosso estilo de vida nesses dois aspectos deve sempre ter um propósito de ensinar o modo de ser de Jesus, de ver as coisas como Jesus vê, e somente ir aonde Jesus possa ir conosco. (1º Coríntios 10.31-33)

            Um coração que entendeu o chamado para discipular aproveita todas as circunstâncias para ensinar o modo de vida de Jesus. Isso envolve nossa vida espiritual e serviço cristão, nosso trabalho secular, nossa vida em família, nossa vida em comunidade e, com mais atenção, se você é um estudante ou profissional de educação. Este destaque ao chamado para discipular o ambiente de aprendizado é porque o alcance das escolas e universidades tem um efeito definitivo na forma de ser de uma sociedade. Significa o alcance e o domínio do mundo.

O Senhor nos chamou para desenvolver um estilo de vida semelhante ao dele. Isto é bem diferente de ser religioso. Uma das razões por que não temos sido eficientes no Discipulado é porque muitas vezes damos mais ênfase no método do que na necessidade da nossa vida pessoal espelhar a vida de Jesus. Porém, isto é fundamental na visão daqueles que queremos alcançar. Eles precisam ver algo vivo em nós. Precisam ver a vida que há em Jesus sendo nosso estilo de vida diário. Precisam de exemplo, precisam de segurança em ser como seu discipulador. Paulo foi eficiente no seu discipulado porque ele ousava dizer sede meus imitadores, como eu sou de Cristo (1.º Coríntios 11.1).

            Cada seguidor de Jesus Cristo é um discípulo e um discipulador. Este princípio decorre da forma de relacionamento e chamada de Jesus aos seus. Se não estamos discipulando, é questionável nossa declaração de que seguimos a Cristo.

           

            Para termos êxito no discipulado precisamos ser verdadeiramente discípulos de Jesus.    Precisamos desejar o padrão de vida espiritual de um discípulo.

 

            Há uma condição para ser discípulo de Jesus: a Palavra de Deus deve habitar em nós de forma tão determinante e poderosa que deverá nos guiar em tudo, mesmo nas mínimas coisas. Jesus expressa a condição para ser discípulo:

Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. (João 8.31)

           

Alinhar toda a vida com a Palavra de Deus é a condição para ser discípulo de Jesus. Seus mandamentos devem permanecer em nós como o condutor de todas as nossas ações. Nossa visão de mundo deve ser bíblica. Nosso trato com as pessoas deve ser segundo sua Palavra. Este é o maior desafio porque os mandamentos de Jesus são muito mais profundos e exigentes do que os mandamentos da Lei. Jesus foi muito além da Lei ao dizer:

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.

(Mateus 5:43,44 - Grifei)

 

            A expressão “Eu, porém, vos digo” demonstra a superioridade da Lei de Cristo, a Nova Aliança no seu Sangue, firmada em melhores promessas (Hebreus 8.6).

            Muitos cristãos ainda não entenderam que é necessário saber e guardar os mandamentos de Jesus para ser considerado DISCÍPULO. Aqui brota imperativa outra declaração condicionante de Jesus: Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando (João 15:14).

            Deve haver total identificação e submissão do discípulo aos mandamentos do Mestre. Mesmo nas coisas mínimas do cotidiano.

Conta-se de certo cristão que desfrutava de tamanha intimidade com Jesus e seus mandamentos que, certa vez, estando ele em oração, alguém o chamou para almoçar. Aí ele falou pra Jesus: Senhor Jesus, posso ir? Que intimidade! Você conhece, ama e pratica os mandamentos de Jesus? Está disposto a praticar sua Fé em meio a seus colegas de faculdade, escola ou trabalho? Você é discípulo de Jesus

A importância de discipular em pequenos grupos

Cresceu em nosso meio a tendência de se querer pregar preferencialmente para auditórios lotados ou grandes grupos. Com isto se perde a pessoalidade tão necessária para a atividade discipular e para a comunhão. Em seu ministério Jesus priorizava indivíduos e pequenos grupos. São poucas vezes que encontramos Jesus pregando para grandes multidões. Mas ele sempre estava reunido com pequenos grupos e com pessoas, muitas vezes de forma individual. Um de seus maiores sermões foi para um indivíduo: Nicodemos (João Capítulo 3).

Dedique tempo à oração para Deus mostrar a você as pessoas que devem ser discipuladas. Peça a Deus que coloque profundo amor pelas pessoas. O Discipulado é um ato de amor, apesar de trabalhoso, é prazeroso porque o Espírito Santo nos acompanha e testifica junto.

Encontre alguém, compartilhe amor, conte sua história, fale o que Jesus fez em sua vida. Ouça a história dessa pessoa. É fundamental ouvir com atenção as pessoas do grupo. Num pequeno grupo de 4 pessoas, por exemplo, é possível reservar um espaço em cada reunião para ouvir a história de uma pessoa. As pessoas gostam de serem ouvidas. Depois, de ouvi-la, sob a orientação do Espírito Santo, leia um trecho da Bíblia dirija uma palavra àquele coração, seguida de oração. Todos serão edificados.

Com atitudes simples e com amor e atenção, estaremos cumprindo o IDE de Jesus para fazer discípulos e experimentando um grande crescimento espiritual em nossa vida.

 

Jossy Soares é pastor auxiliar na AD em Cuiabá-MT e diretor nacional do Ministério Universitário Chi Alpha Brasil – APF – www.chialpha.com.br

 

 

 

 

 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A pregação cristã e a filosofia do dragão



Há algo de errado com muitas pregações no meio cristão mundo a fora, inclusive aqui por perto. A glorificação produzida nessas mensagens não estão tendo por foco o Cordeiro de Deus. Muitos estão colhendo e promovendo glorificação a si, ao homem e aos seus próprios interesses. É lamentável, mas nesse diapasão há influência de uma mensagem que tem aparência do cordeiro, mas procede de princípios falados pelo dragão (Apocalipse 13.11).
Eu não poderia dizer que a pregação do dragão, a antiga serpente, está sendo praticada nos púlpitos da Igreja com i maiúsculo porque a verdadeira Igreja é santa, é a noiva do Cordeiro imaculada e incontaminada. Ela será formada por discípulos fiéis a Jesus que serão reunidos dentre as igrejas institucionais existentes, e também de grupos, comunidades de santos nos mais entranhados lugares deste mundo.
Não bastasse a indevida ausência da mensagem da Cruz em muitas pregações contemporâneas, agora temos que tolerar as mensagens de autoestima e autoajuda fundamentadas num humanismo anticristão e suicida. Não é mera coincidência a ausência da mensagem da salvação, da cruz, da santificação. Trata-se mesmo de uma substituição fraudulenta do cristianismo pelo humanismo.
As colunas centrais da pregação cristã são aquelas recomendadas por Jesus Cristo: arrependimento e remissão de pecados (Lucas 24.47). A primeira trata-se da obra produzida pelo Espírito Santo convencendo o homem de sua condição de miserável pecador e destituído da gloria de Deus (Romanos 3.23, Atos 3.19); a segunda trata do plano de Deus elaborado antes da fundação do mundo (Apocalipse 13.8), a Obra de Cristo no calvário onde ele ofereceu a si mesmo pelos nossos pecados em oferta agradável a Deus. Foi do agrado do Pai que o filho padecesse por nossos pecados, levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. (1 Pedro 2:24).
A despeito de tudo isto, estamos constatando pregações emotivas e impecavelmente motivacionais que tem arrebatado multidões para o culto a si mesmo. Uma verdadeira sessão massageamento de egos. Por um lado os ouvintes contentam-se com uma mensagem de autoestima, onde se diz “você é capaz, você é vencedor, você tem a força, a vitória é sua”, etc., sem se cobrar responsabilidade espiritual e alertar o ouvinte para sua condição de pecador carente da graça de Deus. Por outro lado essas mensagens eivam de popularidade o pregador que recebe para si as glórias e aleluias como aprovação pois o que falou agradou a multidão.
Dessa forma, o foco dessas pregações visam elevar a autoestima do povo e promover o pregador. A glória devida ao Cordeiro de Deus é facultativa e até dispensável, pois se o povo se sentiu bem, se saiu aliviado das tensões do dia-dia, o objetivo do pregador humanista foi atingido pois sua aceitação continua crescente o que lhe garantirá dividendos. Mais uma vez se percebe que a pregação é focada no homem, em detrimento do Cordeiro de Deus. E tudo acontece bem na nossa cara de forma sutil sob aparência de piedade, de espiritualidade, de sabedoria, quando na verdade é mera simbiose humana.
A mensagem do Dragão
O que mais causa pânico no Reino das Trevas é o fato de que Jesus Cristo ofereceu seu próprio sangue para remir os que estavam sob a maldição do pecado, purificando e trazendo o homem para perto de Deus (1º João 1.7; 2.2).
A pregação cristã deve sempre fazer referência ao Jesus Cristo e seu sacrifício. São assim as expressões de adoração e louvor a Jesus Cristo na revelação de seu triunfo em todo o livro de Apocalipse: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. (Apocalipse 5:9, 2,13). A menção de Jesus como Cordeiro sempre aponta para seu sacrifício na cruz.
O inimigo de nossas almas há muito vem executando seu plano de subtrair essa glória ao Cordeiro de Deus da boca e dos corações do homens. Uma das formas é tentar fazer o homem acreditar que tem em si alguma condição de autodeterminação tirando, sutilmente, Deus do centro de todas as coisas do ponto de vista humano.
Diversas escolas filosóficas ludibriaram a raça humana com a falsa ideia da autossuficiência do homem. Dentre elas, o iluminismo que legou muitas de suas impressões ao humanismo. Na verdade, esses obscurantismos acadêmicos são instrumentais anticristãos que informam o espírito de nossa época. Sua influência está presente nas diversas manifestações da atividade humana, ainda que alguns não percebam que estão reproduzindo algo abominável.
Nos círculos seculares, ao se elevar o homem como capaz de tudo, porque teria a força dentro de si, nega-se sua total dependência de Deus. Prega-se a força interior, como algo inerente ao homem que o torna senhor de sua vida. Acredita-se que basta o homem determinar seu êxito e persegui-lo com atitudes mentais positivas que nada será impossível.
Vemos fatos semelhante no meio cristão quando muitos “determinam sua vitória” com base no poder da Fé. Aliás, muito se tem falado sobre o poder da fé, como se a fé fosse um fim em si mesmo. Assim, se prega a “fé na fé” e não a fé em Deus. Em outras palavras, essa fé na fé é a versão evangélica da atitude mental positiva das ciências associadas à nova era e ao humanismo. Não existe o poder da fé. Existe o poder de Deus.
Geralmente os propagadores desse “outro evangelho” são pessoas que têm ganhado aceitação e dinheiro com essa situação porque mexem com o emocional das pessoas, levando-as a acreditar em algo aparentemente muito bom, mas invariavelmente antibiblico.
O apóstolo João, menciona no Apocalipse o discurso do Falso Profeta, a besta que subiu do mar. Ela tinha chifres como de cordeiro mas falava como o dragão (Apocalipse 13.11). A aparência era de espiritualidade, de piedade, de religiosidade, enfim, parecia ser algo confiável, pois afinal de contas lembrava um cordeiro, querendo parecer com o Cordeiro de Deus e suas obras maravilhosas. Etretanto, a fala dessa besta era a pregação do Dragão. A mensagem da autossuficiência, a promoção do homem, do animador de auditórios, o massageamento do ego dos ouvintes.
O falso profeta como agente satânico, nos últimos dias influenciará todo o pensamento da humanidade contra o cristianismo seja de forma contundente, seja de forma velada. Aqui me refiro a esta última. A falsa espiritualidade tem acometido o meio cristão com esse “outro evangelho” e transtornado a mentes de muita gente deixando em desuso a mensagem da Cruz e a glória devida ao Cordeiro de Deus. Não adianta barulhos de glorificação a Cristo e, ao mesmo tempo, a ocultação sua maior realização pela humanidade: sua morte de cruz e o perdão que dela decorre.
Uma das funções do Espírito Santo de Deus é glorificar a Jesus. Falando do Consolador Jesus diz: Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
(João 16:14). Assim, a pregação inspirada pelo Espírito de Deus é aquela que glorifica ao Cordeiro. Não temos nenhuma obrigação de ouvir ou de tolerar pregação que não tenha a autenticação do Espírito Santo.
As pregações que estão promovendo o pregador e massageando o ego do povo não tem as “digitais” do Espírito de Deus. Se elas ocultam a Obra expiatória do Cordeiro de Deus, apresentam a fé na fé e a atitude mental positiva, tornou-se uma pregação humanista e é notório que uma das estratégias do anticristo será a elevação do ego humano acima de tudo, até extinguir Deus e tudo que com ele se relacione da mente da humanidade.
O momento que vivemos exige discernimento. Que possamos adotar como lema o poema de Paulo Macalão em relação à Obra de Cristo:
Do Sangue Purificador,
eu quero sempre ter lembrança
e nEle ter mais cofiança.

Glória a Jesus! Glória a Jesus!
Glória a Jesus, o Salvador! (HC 23).

David Wilkerson disse que o melhor lugar para uma mente pecadora tentar se esconder de um Deus vivo é o interior de uma igreja morta. Que não sejamos essa igreja. Na verdade, pecador que não se converte após a pregação, não pode sair da igreja numa boa, aliviado e em paz. Ele tem que sair em conflito cônscio de sua condição de pecador destituído e carente da graça de Deus.
Rejeitemos e denunciemos qualquer mensagem que não tenha a autenticação do Espírito Santo de Deus.





Jesus faz apologia a conflitos familiares?


            A afirmação de Jesus de que não veio para trazer paz a este mundo, mas espada, e colocar em dissensão os familiares do homem (Mateus 10.35,36) causa, à primeira vista, certa inquietação na mente quando pensamos no Senhor Jesus Cristo como o Pacificador, o Príncipe da Paz, aquele que destruiu as barreiras da separação e promoveu a união dos povos pelo sangue da sua cruz. Mas essa inquietação perece quando a analisamos a afirmação do Messias dentro do seu contexto.  
            Ao instruir os Doze para a Missão de anunciar o Reino de Deus, o senhor Jesus Cristo deixou claro que anunciar a Mensagem do Evangelho não era uma tarefa que redundaria em simpatia, reconhecimento do mundo, ou em uma vida confortável. Pelo contrário, eles viveriam simplesmente com o mínimo necessário para subsistência. Além disso, seriam enviados como ovelhas no meio de lobos. Pois os homens os entregariam nas mãos das autoridades para serem injustamente açoitados. Tudo isso porque a mensagem do Reino não do sucesso segundo a ótica humana.
            A mensagem do Reino implicava em arrependimento de pecados, amor ao próximo e vida de renúncia aos prazeres materiais. Para quem esperava um Messias que trouxesse libertação política e vida materialmente confortável, a mensagem do Reino não soaria nada simpática, e seus propagadores certamente seriam rejeitados e expulsos. Quem abraçasse a mensagem do Reino enfrentaria a mesma incompreensão, rejeição e desprezo por parte de amigos e familiares. Não há neutralidade no Reino de Deus: ou se é aliado ou inimigo.
             Jesus Cristo deixou claro o ônus de ser um discípulo. O discipulado cristão realmente implica em morte potencial. Potencial porque ainda que ela não ocorra literalmente para todos os cristãos, cada um deles deve estar disposto, a qualquer momento, a perder tudo pelo Mestre, inclusive a vida. Essa morte potencial também se dá no campo social com a perca de direitos, privilégios, reconhecimentos, com prejuízos, com injustiças, com incompreensões e abandono dos amigos, e no campo familiar com rejeição, dissensão e ódio daqueles que mais amamos.
            As pessoas às quais o Evangelho seria anunciado viviam num mundo que se opõe a Deus e seus princípios. Sendo o Evangelho uma cosmovisão inversa ao estilo de vida desse mundo, era previsível uma oposição àqueles que decidiram entregar a vida a Cristo e tê-lo como o maior tesouro. O Evangelho não é instrumento de dissensão entre familiares. Mas aqueles que vivem segundo o mundo rejeitam os parentes que vivem segundo o Reino de Deus. Jesus não requereu de seus discípulos o rompimento dos laços familiares, mas deixou claro que sendo Ele Deus, o amor a Deus deve estar acima de qualquer outro relacionamento (Mateus 10.37; 8.22). Pelo contexto, vemos que eram os familiares que se tornariam inimigos daqueles que abraçaram a vida em Cristo, e não os cristãos que abandonariam seus familiares (Mateus 10.21,22).  
            Cristo veio promover a paz do homem com Deus, não a paz segundo o mundo (João 14.27). O Reino de Deus sempre estará em conflito com o mundo.
O mundo sempre levantará sua espada contra o Reino de Deus. Seguir Jesus significa estar pronto a enfrentar a espada que se ergue contra o Evangelho, significa tomar espontaneamente a cruz, ainda que isto signifique desprezo dos amigos e familiares. David Wilkerson já disse que uma das formas mais rápidas de se perder amigos é andar com Deus. Se você enfrenta essa situação, você está em boa companhia.  




domingo, 26 de junho de 2011

Ques espírito informa o pensamento dos líderes de nossa época?

O apóstolo Paulo afirmou que o Mistério da Injustiça já opera no mundo. Uma de suas atividades é entorpecer as mentes das pessoas de nossa época de forma que não enxerguem a verdade, por mais palpável ou lógica que seja.

Muitos de nós estão a perguntar qual a lógica em vigor no mundo em que vivemos, quando vemos atos e posições de órgãos governamentais sobre temas do cotidiano da sociedade civil tangenciarem a inconseqüência generalizada?

A maioria dos líderes de nossa de nossa época viveu como jovem os anos 60. Muitos deles têm caminhado a passos largos em busca da implantação de uma sociedade igualitária, pluralista, tolerante, mas invariavelmente anticristã. O Cristianismo não se opõe às liberdades civis, até porque o Cristianismo é o grande, senão o único valor que fundamentou a liberdade das nações democráticas do ocidente. Todavia, estamos vendo claramente a colheita dos obscuros movimentos pela liberalização geral da década de 60, onde se pregava contra toda a ordem estabelecida, bem como pelo fim da civilização ocidental. É esta colheita nefasta que informa o pensamento do ativismo de plantão, bem como a mídia secular e muitos do meio artístico, em direção a uma sociedade sem Cristo e seus valores.

Muitos ignoram que os movimentos da contracultura dos anos 60 eram na verdade um único movimento: um movimento pela nova espiritualidade. As comunidades hippies buscaram no oriente toda uma forma alternativa de vida. Pessoas como John Lenon, influenciaram milhares de pessoas em torno de uma espiritualidade esotérica e anticristã. A ordem era buscar no sexo, na música e nas drogas uma forma de vida diversa da sociedade ocidental. A “liberdade” para esses consistia na busca do prazer acima de tudo. Livre das “amarras” da civilização judaico-cristã traduzida por conceitos de família, respeito, casamento e civismo, dentre outros.

A derrocada dos valores cristãos era o objetivo espiritual daquela onda de liberalização. O ateísmo foi um componente mínimo, quase imperceptível no movimento. Na verdade o movimento não era uma conspiração contra a religião em si, mas sim, a luta espiritual por uma nova religião global que promovesse a mudança geral na visão de mundo da sociedade de então, de forma que as artes, a política, a medicina, a educação, a filosofia e a própria religião fossem informadas por fundamentos hindus, pela Nova Era, como o próprio Raul Seixas cantou mais tarde “viva a sociedade alternativa”.

O espírito que estava por trás daquele movimento trabalhou de forma planejada visando galgar resultados a curto, médio e longo prazo. Os resultados imediatos foram colhidos nas artes, nas drogas e nos estilos de músicas que influenciaram gerações nas três últimas décadas. A partir da década de 90 começamos a colher os frutos políticos daquele movimento.

Hoje, como diz Peter Jones, os rippies não estão mais com cabelos compridos, mal vestidos e morando em barracas ou em ambientes coletivos. Muitos deles estão de cabelos cortados, vestidos de ternos e despachando nos palácios, nas casas legislativas e nos tribunais. Aparentemente romperam com aquele estilo rebelde e aventureiro de ser, mas a ideologia daquela época continua a exercer influência sobre seus pensamentos e decisões. Até mesmo sobre decisões daqueles que não viveram a ideologia do movimento, mas, de certa forma, foram por ela atingidos.

Estamos assistindo governos, independentes de partidos, adotando leis e decisões contrárias aos princípios cristãos. Essa onda é forte. Biblicamente ela é chamada de “mistério da injustiça”.

Por mais ilógico que seja as justificativas dadas a essas leis e decisões, elas adentram na ordem do dia como a cristalina vontade da democracia, apesar de subverter o direito e os fundamentos da justiça e da razoabilidade. O mistério da injustiça (2.º Tessalonicenses 2.7), o responsável por toda essa dissimulação, é um espírito de engano que tolda as mentes, entorpecendo-as, fazendo os homens não enxergarem a verdade dos fatos e a incoerência da nova ordem que o anticristo está estabelecendo neste mundo. O Profeta Daniel falou que o anticristo cuidaria em mudar os tempos e as leis (Daniel 7.25).

O discurso ou pensamento dessa nova ordem reflete o próprio discurso do anticristo, alguém que a Bíblia descreve como dono de uma oratória que impressionará em termos de convencimento (Apocalipse 13.5; Daniel 7.8). O espírito de grandeza traduzido por arrogância retrata bem a falsa tolerância desse movimento. Tolerância é exigida somente de quem pensa contrário a eles. Na verdade esse movimento tem uma grande carga de intolerância que despeja contra quem pensa diferente. Qualquer que pensa contrário é hostilizado, tido por fanático, fundamentalista, intolerante, ou até mesmo anormal. Assim tem sido a resposta da mídia contra o juiz Jeronymo Villas Boas, de Goiás, que ousou defender a Constituição da República face a tendenciosa decisão do Supremo Tribunal Federal que estabeleceu a juridicidade da União Estável entre homossexuais, equiparando-a à entidade familiar em clara colisão com o artigo 226 da Carta Magna e inovando no ordenamento jurídico.

O convencimento do discurso do movimento anticristão tem levado homens cultos e de mentes brilhantes a uma completa obscuridade e irracionalidade lógica. Muitos vêm na marcha da maconha apenas uma liberdade de expressão em torno de uma idéia. Todavia, tendem a subtrair a mesma liberdade que os cristãos têm de dizer a verdade bíblica acerca do pecado do homossexualismo. É uma lógica ilógica e entorpecida.

Na mesma linha, homens cultos têm invertido a ordem das coisas e colocado a exceção como regra. Eles ignoram que o homossexualismo é uma exceção ao padrão de normalidade estabelecido por Deus na natureza. Nesta, a união do homem com a mulher tem, dentre outros, o propósito da perpetuação da espécie, da educação dos filhos e convivência familiar. Cada criança deve ter direito a um pai e uma mãe. É claro que muitas não têm por motivos diversos, mas isto não é a regra, deve ser a exceção, ainda que respeitada.

Estamos assistindo uma ditadura de minorias minando as concepções de normalidade e se firmando contra a razoabilidade de forma tal que um jurista chega a dizer que o Supremo Tribunal Federal ao liberar a marcha da maconha, defende as minorias contra excessos da maioria. Pasmem!

Este fenômeno que estamos a assistir não é privilégio do Brasil ou de uma nação em particular. Trata-se de mais uma fase do plano do anticristo na implantação de uma nova ordem mundial, a ordem do pós cristianismo. É mais uma fase daquilo que se semeou nos anos 60. É o mistério da injustiça em franca operação invertendo a ordem e subvertendo a coerência e promovendo todo tipo de iniqüidade. Esse mistério de iniqüidade age secreta e dissimuladamente, mas com articulação tal que a Bíblia chama de eficácia de Satanás.

O Espírito Santo é quem resiste e impede a instalação total desse sistema de iniqüidade. Poristo alguma decência ainda existe tão somente em respeito a Noiva do Cordeiro, protegida pela bandeira do Espírito de Senhor. Tão logo formos arrebatados ao encontro do Senhor Jesus, este mundo vai experimentar as conseqüências da nova ordem espiritual, sem Cristo.

Que seja nosso pensamento e desejo constante: ora vem Senhor Jesus!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Qual o perfil de um jovem avivado?

Quando se fala de avivamento, logo se pensa em reuniões de crentes falando em línguas, batendo os pés e profetizando. Há quem fale que se um pregador não tem veemência no falar não é avivado. Nesta visão equivocada, muitos têm criado um conceito pobre e vazio de avivamento.

Avivamento é o ato sobrenatural de Deus na vida do cristão que, abrindo para Ele o seu coração, torna-se solo fértil para a produção do fruto do Espírito, do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. Seu efeito imediato é mudança de vida. O cristão passa a glorificar a Deus em tudo o que faz (1 Co 10.31) e sente-se responsável pela Igreja, não se conformando com a inércia dos demais crentes. O crente avivado está sempre em busca de alternativas para o crescimento da obra do Senhor.

O avivamento trabalha o caráter e o carisma do crente. Hoje há uma tendência doentia de supervalorizar o carisma e esquecer o caráter cristão. O carisma é importante, mas o caráter do cristão é o que conta para a salvação. Há pregadores de grande carisma que pregam para salões lotados usando tradicionais jargões do tipo "receba!", movimentam o povo com coreografias, gritam e até mesmo atestam milagres pela fé de alguém. Mas falta-lhes caráter para o trato. Alguns são arrogantes, materialistas, sem amor. O avivamento anunciado por eles não tem profundidade.

O avivamento Bíblico se evidência pelo amor a Palavra de Deus, arrependimento, vida de adoração, santificação, fruto do Espírito, interesse pelo evangelismo e manifestação dos dons espirituais. O verdadeiro avivamento começa com o arrependimento sincero. Assim testificam João Batista (Mt 3.2), Jesus Cristo (Mt 4.17) e Pedro (At 2.38 e 3.19).

Para pensar no perfil do jovem avivado, é necessário conhecer o nível de motivação dos jovens na nossa realidade. Pouco se tem feito para aproveitar o potencial da nossa juventude. Há lugares onde as atividades dos jovens resumem-se a participar de um conjunto musical e de cultos em praças. O jovem pode fazer muito mais pela obra do Senhor.

Tratar jovem como criança, irresponsável, incapaz e sem maturidade cristã é o estigma que sufoca uma geração que pensa. O resultado é uma multidão de jovens pentecostais que já passaram ou estão nas escolas e perderam a oportunidade de fazer a diferênça e influênciar a sociedade. Enquanto isso, as empresas, as organizações não-governamentais e principalmente as seitas estão fazendo dos jovens seus maiores executivos.

SEM CONFORMISMO

Um jovem avivado é interessado no crescimento da obra de Deus e inconformado com a inércia espiritual de seu grupo ou igreja. Ainda que faça parte de uma igreja atuante, sempre estará comprometendo suas energias em fazer ainda mais para o Senhor. Este jovem é diferente. De certa forma, ele incomoda porque seu coração está cheio de ardor pelo evangelismo. Todo o seu prazer está no Senhor.

Para o jovem avivado, orar é uma atividade gratificante, de comunicação plena, além de ser uma arma infalível. O louvor está nos seus lábios ao deitar e ao levantar. Ele está em contínua adoração a Deus. Ao contrário de muitos, vai ao templo para oferecer algo sem se preocupar em pedir. Tem um ardente amor pela Palavra de Deus e medita nela procurando aprender mais e mais. Seu interesse pela doutrina (Teologia) é patente. Não concebe avivamento sem Escola Dominical. Em seu ambiente de trabalho, no lar, na escola, todos reconhecem o bom cheiro de Cristo em sua vida (2 Co 2.14-15). Percebe-se que ele não tem mais vontade em si mesmo, pois Jesus vive nele (Gl 2.20) e sua vida está escondida no Senhor (Cl 3.3).

Os estudiosos da Bíblia sabem que é Deus quem produz em nós avivamento (Ed 1.1, Dn 9.3 e Hb 3.2). Mesmo assim, há pregadores que procuram nos jovens um avivamento mecânico, onde a emoção é a base para a ação. Geralmente, se fala em centenas de batizados no Espírito Santo em determinados encontros, mas o que fica de edificação concreta depois é nada. Volta-se ao comodismo, aos maus hábitos e ao monótono cotidiano. Contudo, muitos líderes acham que a mocidade está bem, pois no domingo à noite os jovens estão no grande conjunto a cantar.

Quando um jovem entende e busca a plenitude de Deus para sua vida, pode-se dizer então que é um jovem avivado.

Originalmente publicado na Revista Pentecostes - CPAD, número 1 ano 1 de Julho de 1999.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Graça para ser vivida

Outro dia alguém falou pra mim: fulano é uma pessoa sem graça. Sem querer me peguei refletindo tão grave afirmação. Uma pessoa sem graça, sem dúvida, é a própria estagnação e esvaziamento de esperanças. Olhos sem brilho e dia sem sol. Com diz São Pedro, fonte sem águas, nuvens levadas pelo vento (2.º Pedro 2.17). Por mais que alguém esteja auto-comiserado em suas angustias, há uma graça mínima q ue o mantém vivo.

O pastor Paulo Cezar do Grupo Logos retrata numa de suas canções o cuidado cotidiano de Deus para conosco quando diz “ acordar bem cedo e ver o dia a nascer e o mato molhado anunciando o cuidado”. Esse cuidado de Deus em mandar o orvalho diário para regar o vegetal que nos alimenta é uma manifestação espetacular da Graça de Deus. Ele poderia muito bem não se ocupar com esse detalhe, mas sua Maravilhosa Graça nos mostra que cada detalhe de nossa vida é importante para Ele.

É claro que o Calvário reflete a maior manifestação de graça jamais vista em todos os tempos, é o cumprimento de que um menino nos nasceu (Isaías 9.6), é a exteriorização de que um Filho se nos deu. Deus deu. Deu de graça, nada pediu em troca. Nos amou de tal maneira, foi uma graça tão grande que Ele deu o seu melhor. Mas como diz Charles Colson, o Evangelho vai muito além de João 3.16, além das nossas devoções pessoais, além das atividades na igreja. É algo pra ser vivido. Se nós cristãos não vivermos essa graça, ninguém mais vive.

Como vivemos essa graça? Não falo aqui da teologização do tema, mas de aspectos práticos. Por exemplo, num de nossos cultos de Segunda-feira, o templo estava superlotado aí uma visitante viu um lugar vazio e sentou. Minutos depois chega uma irmã e diz “pode levantar daí que esse lugar é meu”. Notei que havia muito fervor naquela irmã, mas pouca graça. O mesmo se diga quando no bairro onde moramos nos furtamos de ajudar a comunidade a resolver um problema em comum. Nosso atitude voluntária é o exercício da graça prática que pode criar espaços para comunicar uma graça maior ao não-cristão. Essa graça se espelha numa atitude amor para com os inimigos.

Um dos testes para saber se vivemos a graça é saber viver em unidade na diversidade. Muitos cristãos nominalmente nascidos de novo, têm dificuldade de conviver com quem tem um ponto de vista diferente do seu. A intolerância com os irmãos é inversamente proporcional à graça prática. Devemos irradiar graça para alguém ainda que este sirva a Deus de maneira diferente da nossa, pois a ótica de Deus é acima da nossa miopia.

Temos a tendência de valorizar os defeitos daquelas pessoas achamos ser sem graça. Criamos cercas e mecanismo de afastamento a ponto de não comungarmos as mesmas amizades e os mesmo lugares e sabores. De repente até achamos que o nosso “Deus não é o mesmo do irmão sem graça”. Ignoramos nesse momento o conceito de Corpo. As nossas convicções acrescida da pouca graça que carregamos nos faz ignorar que Jesus também morreu pelo nosso “irmão sem graça”. Ao invés de valorizar os defeitos, Deus os minimiza. Davi foi preciso quando diz o Senhor não nos tratou segundo as nossas iniqüidades (Salmo 103.10), ou seja ele no deu graça, apesar de nossos erros, de nossa chatice, de nossos gostos tão diferentes.

Devemos ter a bondade de prontidão. Dispostos sempre a ajudar, tendo em nós a benignidade para encarar à todos sem discriminação. O verdadeiro amor não suspeita mal. Um coração alcançado pela Graça Salvadora deve mostrar sua vida nova vivendo a graça em seus aspectos práticos. Benignidade é o inverso da malícia. É a capacidade de viver intensamente querendo e praticando o bem. É a indisposição para a malícia, para a inveja e para a maledicência. É o coração aberto para aceitar os mais fracos.

Os filhos de Zebedeu queriam queimar uma aldeia de samaritanos porque não quiseram recebê-los. Jesus, porém, foi absolutamente contrário a essa idéia. Lembro de um irmão que ao ser demitido de uma empresa amaldiçoou a mesma diante de sua portaria numa atitude sem graça. Conheci outro que disse: toma cuidado comigo, sou “servo de Deus”. Ora o verdadeiro servo não inspira ameaças. A graça nos faz dar pão ao soldado do outro exército.

Não somos grandes servos de Deus, somos servos de um grande Deus. Nesses tempos de marketing pessoal onde a auto-promoção está em alta, a humildade pregada pelo Cristianismo parece estar fora de moda. Atitudes soberbas promovem o “eu” no lugar no “nós”, promovem a carne no lugar de Cristo. Esse problema acometia aos filipenses, aí São Paulo disse para cada um considerar os outros superiores a si mesmos. Que nada fosse feito para autopromoção. Hoje ele diria faça o seu site pessoal mas não por vanglória, não promova a si mesmo, promova a humildade. Façam um site contra a soberba e a auto-promoção. O que mais me admira é que Deus resiste aos soberbos. Aos humildes, porém, ele dá graça. Então a humildade é requisito para viver a graça.

Nossas atitudes devem ser benignas para com quem pensa e age contra nossa maneira de ser. Tanto para com cristãos ou não cristãos. A pergunta qual a sua religião ou qual a sua igreja, perde sentido diante da vida em graça. Nossas atitudes falarão mais altos que os nossos dogmas. A graça nos ensina a abraçar os diferentes. Não tenhamos um amor fingido. Se teu inimigo tiver fome, da-lhe de comer (Romanos 12.9,20). Chame o aquela pessoa chata para um café. Chame o “sem graça” para um passeio. Gaste tempo praticando a graça, porque a graça é para ser vivida.

Tesouros Esquecidos

Ao dizer que seu Reino não é deste mundo o Senhor Jesus Cristo separou os valores eternos dos valores egoístas e passageiros. Mas porque nós como humanos buscamos tanto essa aceitação e promoção, quando nosso Mestre ensinou que devemos renunciar?

O Senhor nos ensinou algo sobre valores que nunca devemos esquecer (Mateus 6.19,20). Os tesouros que se juntam na terra não são apenas dinheiro e bens materiais. Nessa corrida estão a fama e a auto-promoção. Esse tipo de tesouro geralmente é precedido pela soberba e pela vaidade. Em nada acrescenta na vida espiritual. Ao contrário, aumenta a resistência à real intenção do Espírito. Os tesouros que realmente valem estão além de nossa cognição, é a riqueza de ter a natureza de Cristo, são tesouros que se guardam na eternidade, mas que corações humildes desfrutam agora. Foi por isso que Frida Vingren certa vez falou: um coração bondoso sim custa dor obter, ser manso e amoroso e calmo em todo ser. Manando nova vida do coração à luz e toda minha lida será só em Jesus!

Já diz uma canção do Logos que resultados não são indicador verdadeiro de aprovação. Às vezes, aparentemente nossa vida vai bem. Temos amigos, dinheiro, saúde, somos queridos, solicitados e nossa mensagem agrada à maioria. Todavia nada disto demonstra aprovação do Alto. O real valor que Jesus nos deu está na Cruz. Temos que ter em nós essa marca da renúncia e da humildade. As pretensões têm que sucumbir ante a glória de Cristo.

Jesus tem nos chamado para estarmos num Plano mais elevado, acima da mediocridade, nas regiões celestiais em Cristo (Efésios 2.6). Nesse plano não há espaço para a soberba. O requisito para chegar nesse lugar, freqüentado por poucos, está no Sermão da Montanha. Nesse lugar estão os mansos, os pobres de espírito, os perseguidos, os que choram. Enfim, estão os infelizes, infelizes aos olhos do mundo. Foi por isso que Yancey parafraseou Cristo dizendo que felizes são os infelizes.

Ajuntar tesouros no Reino dos Céus é transferir toda glória para Cristo. É fugir das honrarias. É viver aprendendo ser humilde de coração. Na humildade não há resistência à graça. A graça é quem garante a comunhão com Deus. Se Deus resiste aos soberbos como estes poderão conhecê-lo?

Conhecer a Deus e desfrutar de sua natureza é o maior tesouro que alguém pode ter. Se alguém o conhece, deve andar como Ele andou. Humildade, amor, mansidão, domínio próprio, benignidade, bondade, alegria, fidelidade, paz, longanimidade, são tesouros esquecidos no mundo de hoje, inclusive entre nós cristãos.

Deus nos chama a um lugar especial, as Regiões Celestiais. Lá entenderemos melhor o valor desses Tesouros Esquecidos.
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